sábado, 16 de abril de 2011

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Será? Tão óbvio?



            Há mais de vinte anos, Renato Russo nos perguntou se conseguiríamos vencer. Se era mesmo apenas imaginação. Quem sabe, hoje, possamos responder se ainda vivemos entre monstros da nossa própria criação. Será?
            Músicas podem ser profecias, contanto que o tempo faça a vida, com seu movimento constante, mudar ou não. Se a música transbordava inquietação e esperança, é por que algo faltava. Essa é a chave. “Será”, tão encantadora canção de Renato Russo, na voz dele ou de Simone, grita por uma utopia. A intenção pode ter sido muito mais inocente no passado, porém, nunca foi tão atual e incisiva. Afinal, o que aconteceu aqui? Por que as coisas erradas precisam ser tão invioláveis quanto um pôr-do-sol?
            Temos conhecimento da situação atual de nosso país. Tão verdade é isso que reclamamos. Reclamamos muito. Como se só fôssemos capaz de exercer esse inútil movimento e não soubéssemos que as paredes da ignorância têm isolamento acústico. É por isso que ficamos “acordados, imaginando alguma solução” e nos perguntam: “Será que nada vai acontecer?” Observe, a música nos pergunta – ela não nos representa de fato – pois foi feita há muitos anos. Mentira! Ela, sim, denuncia a veracidade de tudo o que ainda pensamos ou, até mesmo, já proferimos. Como podem, então, tantas palavras, unidas, formarem melodias assim? Como podem, tantas pessoas (unidas?), agirem como se fosse tudo imaginação?
            Mesmo aqui, entro em um emaranhado de perguntas. Parece ser, desde crianças, o que melhor sabemos fazer. Que, mais do que palavras, um texto possa servir de impulso. Não é o papel, a tinta, os caracteres, que realmente mudam a nossa vida. É óbvio que são as ações. Será? Tão óbvio?

[OBS.: Adoro o lado romântico da música, especialmente na voz de Simone]

quarta-feira, 7 de abril de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

2009 - O Vento


Um ano tão bom tinha há pouco virado passado. Um passado ligeiro. Aquelas seriam as minhas últimas férias de verão, pelo menos dentro da minha vida escolar.  Logo eu estaria entrando no terceiro ano do Ensino Médio, tendo meu último primeiro dia de aula. Aliás, isso me lembra de 1999, quando entrei na 1ª série. Era uma tarde ensolarada, eu acabara de, como sempre fazíamos, almoçar na grande casa dos meus avós, onde minha mãe dava suas aulas de pintura. Aquele lugar era mágico, ao todo quatro terrenos, cercado por árvores, pássaros, vida. Depois daquele almoço caseiro, coloquei o uniforme e a mochila nas costas, esta, bem me lembro, era dos Bananas de Pijamas. Logo estaria entrando, pela primeira vez como aluno, em um dos lugares que mais marcaria a minha vida. Que tempo! Que rápido.
Parte 3.
2009 - O Vento


Sim, como um vento daqueles fortes de primavera, ou do vidro do carro aberto em um veraneio, sentíamos com mais intensidade o quão longe havíamos chegado. Era como se estivéssemos caminhando rumo ao topo do Morro do Farol sem olhar toda a grandiosidade da cidade que se formou atrás e tampouco pensando na vista magnífica do mar que estaria por vir a frente. Isso, até aquele momento. Pelo menos começávamos a ver essa cidade que falei, pois a maioria, não sabia ainda muito bem o que viria pela frente. Que decisões tomar? Quem se jogaria ao mar, voaria com um parapente, desceria de rapel?

De qualquer modo, a curto prazo, nós sabíamos: Faríamos mais vídeos para o Grêmio de Alunos e outro filme para o 2º Premio Santa Paula! Pois, em um ano tão insano, corrido, com poucas oportunidades de fazer novos vídeos, precisávamos nos segurar pelo menos à esse fio. Admirar ainda as belezas da trilha rumo ao topo. Plantar nela árvores.

Mais uma vez envolvidos com o grêmio de alunos, nos preparávamos para superar as nossas próprias barreiras e fazer um Rei & Rainha e Broto & Brotinho ainda melhores. Demos o máximo de si, pensando em cada detalhe, correndo atrás de patrocínio, criando layouts, logos, vídeos... Olha, foi um evento memorável! Até a iluminação foi ajustada da forma correta =D. Tudo estava em sincronia. Digo com sinceridade que todo o trabalho completamente voluntário dos membros mais atuantes fora recompensado, tanto com a beleza de tudo, como a reação de todos. 

Já falando dos vídeos, desde a primeira edição dos eventos, eram a maioria compostos com filmagens das provas que realizávamos antes, não decepcionaram quem havia visto os do ano anterior, ficando, em geral, mais bem trabalhados e interessantes. Aliás, os que editei alguma parte, ainda foram no Movie Maker. Foram os últimos realizados no software, pois logo uma nova era de edições iria começar. Destino: Vegas, Sony Vegas. Lembro-me da correria que realizei para fazer um dos vídeos, que mostrava a prova de caça ao tesouro que fizemos. Gravei todos os candidatos, com uma câmera apenas (como sempre), aquele corre corre. E eu atrás deles, pegando tudo quase que em plano sequência, para depois, na edição, deixar a magia dos cortes fluir e fazer parecer que haviam mais câmeras. Deixando os cortes mais rápidos, pegando partes que eram depois e colocando antes, até que tudo parecesse coeso e eletrizante. As vezes, o trabalho do editor acaba sendo parecido com o de um ilusionista, justamente nessas situações onde criamos uma nova ordem de acontecimentos que pareça a verdadeira e que, para os olhos do espectador, pode realmente ser.

Eis o tal vídeo, inspirado em seqüencias de ação:


Após esse e mais outros videos daquele evento, começávamos a preparação para o filme do prêmio de Literatura e Português. Era praticamente metade do ano. Não havia mais nada além da espera. Espera para que as aulas passassem e pela chegada do dia em que o professor anunciaria oficialmente o trabalho. 






Mas, enquanto isso não acontecia, nem nos dávamos conta daquele mesmo vento que soprava em nossa direção no início do ano. Voltávamos a olhar para a trilha, involuntariamente. Aos poucos o frio ia ficando mais forte e o inverno tomando conta. Nos reuníamos nas casas dos amigos, degustávamos um belo fondue, marshmallows ao fogo e assistíamos filmes. Do lado de fora dessa bolha mágica, o mundo ficava tenso com o H1N1, por dentro, a unica coisa que podia nos contagiar era a convivência e a alegria vinda dela.

Pouco depois nos foi dada a proposta do concurso, era uma manhã de expectativas. [Devo ressaltar que o que vem por aí é uma parte obscura dessa minha caminhada, mas que precisa ser dita, pois estarei sendo sincero comigo e com você.] Pois bem, no dia, após um comentário do nosso professor de Literatura, uma infeliz agulha penetrou a bolha mágica, contaminando-a. Naquele vento intempestivo, eu intensifiquei isso, pois, imaturo, durante boa parte dessa minha curta jornada audiovisual não soube reconhecer da maneira devida a contribuição coletiva. Jorge Furtado, por exemplo, comentou uma vez no seu blog da Casa de Cinema que não gosta muito de falar "meus filmes", pois, logicamente, há toda uma equipe por trás, muitas vezes apaixonada por aquilo também. Tristemente fui rever meus conceitos em uma jogada que colocou em risco grandiosas amizades, se alguma delas lê isto nesse momento, deve se lembrar bem o que foi. De qualquer maneira, que isto sirva de lição para mim e para outros. É preciso ser coerente e aceitar de coração o esforço conjunto, pois o mundo, por mais individualista que seja, ironicamente, ainda é feito de plural, não singular, tão verdade é isto que agora me refiro aqui à "vídeos em que participei". Bem, amigos, partilho essa experiência a título de sinceridade e também como um aviso aos que ainda se entregam ao altruísmo. Essa passagem estranha, hoje, foi completamente superada, as amizades se fortaleceram e, também, graças à ajuda delas.

De qualquer modo, voltando ao assunto, a produção do filme logo se iniciaria, ao passo de que, em meio às tensões ainda existentes, seria o veneno e a cura para isso, bem como meu processo maior de amadurecimento. Gradualmente, a magia do cinema ia nos fortalecendo. Para quem participa da produção de uma obra audiovisual, esta pode ser sempre uma enorme experiência de confraternização, aprendizado e união. O planejamento continuava durante aquelas férias estendidas (devido ao H1N1), nos aproximávamos das filmagens.

O filme, já com o roteiro definido, basearia-se em contos de Lygia Fagundes Telles, retirados do livro Antes do Baile Verde, pois a proposta dos professores era de que adaptássemos alguma obra listada nas leituras obrigatórias do vestibular da UFRGS. Seria uma obra mais fidedigna que Presente de Inverno, menos adaptada e também mais longa e densa. O nome: Vento Verde.

Vale ressaltar as sempre maravilhosas fotografias da nossa amiga Camila e o sofisticado e primoroso design visual da Elisa, presentes nas últimas duas imagens ali em cima. A produção fora ainda mais aprimorada, os planos, seqüencias, queríamos fazer bonito, como sempre. Como uma parte importante do filme se passaria na região central da metrópole, em especial a praça da Alfândega, conseguimos, com um clássico oficio da escola e em uma manhã eletrizante de caminhadas pelo centro, autorização para filmarmos no terraço do Memorial RS (onde fomos muito bem recebidos pela tranquila e simpática equipe) e até prédio mais alto de Porto Alegre - o Edifício Santa Cruz, com seus majestosos 107 metros de altura.

Meu querido avô, Dalton Nectoux, volta e meia me contava da famigerada obra desse espigão. Ele me mostrava o álbum com as fotos preto-e-branco da construção. Por ser a sede de uma das futuras grandes agências do então Banco Agrícola Mercantil, ele, que fora gerente de uma, acompanhara de perto aquele empreendimento. Meu avô também trabalhou com a área de arquitetura e decoração e, junto de minha mãe (que é artista plástica), foi um dos grandes incentivos para as minhas capacidades artísticas. 
Lá de cima fizemos uma tomadas panorâmicas muito boas. A emoção de conhecer melhor o prédio que meu avô tanto falou para mim também foi o máximo (bem emocionante, também, era olhar o vão das escadarias =D). Conseguiriamos, também, autorização para filmarmos  do Centro Administrativo de Porto Alegre, onde a mãe de nossa amiga Alexandra trabalha. Só não pudemos filmar do terraço por questões de protocolo, pois o último andar havia se tornado um dos gabinetes extra da governadora.

Quando íamos filmar na praça da alfândega, iamos todos de lotação, sosinhos. Éramos nós, a câmera e o tripé. A sensação de desbravar a metrópole com os amigos, aquela liberdade, a realização da obra audiovisual, tudo encantava. Mas, certamente, umas das imagens que mais marcou foi a do "encantador de pombas" - como o apelidamos - um senhor humilde, chamado Joel, que se ofereceu a nos ajudar em uma cena que precisávamos de uma revoada de pombas junto de um menino passando de bicicleta. É aquele tipo de pessoa que pode passar uma vez pela sua vida, mas você provavelmente terá uma longa lembrança. Ele foi até o mercado público e voltou, nos trazendo arroz, nos ajudando com as melhores intenções. Estávamos em frente ao Marco Zero e, usando do arroz para atrair as pombas para o lado oposto (pois apenas passar de bicicleta não bastava), conseguimos realizar aquela cena. Assim como a magia das bolhas de sabão surgindo e libertando-se com a ajuda da brisa daquela primavera, logo estaríamos prontos para ver o que aconteceria.

Finalizamos o filme em dois longos dias de edições; nem dormimos, tomávamos aquele café sem açúcar, nos mantendo acordados até o instante em que sentíssemos o dever cumprido. Nesse ritmo constante, caminhamos até o sol raiar. Tomamos um café da manhã, cochilamos por mais ou menos uma hora e depois aprontamos o pouco que faltava do filme.



Faltava ainda um bom tempo para o dia das premiações. Paralelo à isso, ajudei outros grupos, do 2º e até da minha própria turma, principalmente com problemas para salvarem seus filmes ou dos clássicos travamentos no Movie Maker. Um desses, inclusive, baseado em uma história de Monteiro Lobato, A Presidente Negra, tive de quase que refazer todo o projeto do Movie Maker no Vegas, onde até aproveitei para dar uma discreta melhoradinha nos caracteres dos créditos iniciais que passavam por cima de uma cena introdutória ao som de uma musica e voz sobreposta (ou voiceover). Quase ajudei durante as filmagens de "O Casamento de Emília" (do 2º ano também) mas, tristemente, não pude, ficando apenas com a edição. Tive um grande trabalho com esses vídeos de grupos que precisaram de alguma ajuda, voluntário, por sinal. Pareceu estranho para alguns eu não ter aproveitado disso financeiramente, porém, por aquele ser o meu último ano como aluno da escola, determinei que faria aquilo de coração. Era como parte de uma despedida, pois os momentos finais daquele ano intenso em breve chegariam, como o inesquecível retorno à conhecida Quinta da Estância, onde, acima de qualquer atividade, a atração principal foi o convívio puro, transbordando nos rostos uma alegria de criança - e uma tristeza subliminar. Começava a ver a importância de todos, como em uma grande orquestra sinfônica. Essa arte que me apaixona , tão humana e comportamental, só pode ser melhor explorada em um mundo de diversidade. E dentro dessa sala de montagem que se torna a nossa memória, assisti o filme do tempo e senti o tempo do filme. Onze anos de escola estavam passando.  Alcançamos o topo do monte. No último dia de aula, mais uma vez levei aquele mesmo relógio que comentei no primeiro post, ainda sem aquele vidro que fora quebrado. A última oportunidade para fazer isso, minuto a minuto, ia desaparecendo. Naquela aula chorei, sim, como nunca antes em toda a minha vida.

Em meio a um evento completamente decepcionante e mal planejado, conquistamos, mais uma vez, o Prêmio Santa Paula. Mesmo aquilo que era, para nós, tão importante - a exibição do filme - ter sido cortada, conseguimos, em dois anos, realizar tantas coisas, ter tantos momentos marcantes que dá para tranquilamente sorrir, rir e chorar de alegria. Por isso sinto que foi uma jornada plena, pois conseguimos ser mais do que alunos ou simples números em uma chamada, fizemos história, dentro daquele nosso mundo de 9km². É isso, foi isso, e vocês, professores, os meus colegas queridos, vocês foram demais, todos, os que estão aqui ou também distantes, até os mais chatos. Quero muito ver todos de novo. E, se isto for pedir demais, saibam ao menos que todos serão eternos e eternizados já estão, na minha mente, no meu coração, no frame e em cada pixel.


Foram nesses últimos quatro anos que consegui encontrar a arte que me completa. Talvez, estudando em outro lugar, tendo outros amigos e oportunidades, fosse diferente. Então nunca penso em mudar esse passado. Quero mais é que ele me acompanhe, me inspire, me emocione. Que viver seja sempre uma dádiva e, como sempre digo, cada instante seja o melhor de todas as nossas vidas até então.  

sexta-feira, 5 de março de 2010

2008 - Boas Mudanças


Claro que, da 8ª(2006) para do 1º(2007), muita gente saiu da escola, indo para outros colégios, lugares. Mesmo assim, o contato com amigos que saíram não foi perdido, amenizando isso. No geral, o início do Ensino Médio foi ótimo, a mudança de turno - da tarde para a manhã - era uma experiência interessante; e a realização do curta formidável. 

Parte 2.
2008 - Boas Mudanças 

Em 2008, já estávamos todos melhor adaptados e, junto disso, a dificuldade das aulas também aumentou. Começávamos a sentir mais e melhor o peso do Ensino Médio. Foi bem no início desse ano que o professor de Filosofia propôs um trabalho sobre as culturas. Eu, faminto por uma nova oportunidade de realizar algum vídeo, logo me prontifiquei a dar a sugestão de poder apresentar, também, dessa maneira. Para a minha felicidade, ele aceitou. 

Tínhamos um prazo muito curto, mais ou menos uma semana. Logo no primeiro dia, o grupo sentou e debateu as idéias para o vídeo. Fechamos uma espécie de roteiro no mesmo período. Começava a tomar forma o meu segundo projeto audiovisual! O curta então se chamaria "O Reencontro" e mostraria um pouco do retorno de uma garota que realizou intercâmbio e reencontra suas amigas, debatendo assuntos culturais. Eu, decidido a não atuar nesse segundo projeto, preferi me dedicar totalmente ao roteiro, filmagem e edição. 

Em uma tarde sensacional, ensolarada e no fim de semana, levamos uma Cybershot emprestada (obrigado Paloma! hehehe) e filmamos boa parte do filme. Lá no templo budista de Três Coroas. A outra metade filmamos em uma grande praça aqui do bairro.

 

Utilizei bastante a excelente trilha sonora de Forrest Gump (1995), composta pelo Alan Silvestri. Curiosamente, eu tinha o disco das músicas, então foi a única trilha instrumental que retirei de um CD mesmo. 

Após esse trabalho participei de mais uns dois curtas dentro da escola, mais descontraídos e leves. Um sobre um garoto EMO e o outro era uma espécie de jornal maluco. Este último então, rendeu boas risadas e erros de gravação. Nosso amigo Marcos foi mostrar um produto durante uma espécie de merchandising que era para ser de um incrível aparato para fazer sucos chamado "Juicer by Your Hands" - uma paródia aos conhecidos Juicers - e que consistia em, digamos, um simples copo de madeira e um pilão para esmagar o que você quisesse dentro! 

Então, voltando ao nosso amigo, ele foi mostrar os incríveis brindes - alteres para exercícios - e acabou passando com parte dos pesos em cima da mesinha em que estava o produto, tudo balançou, o copo com o líquido viscoso tombou e derramou tudo - uma mistura fatal de água, laranja, banana, kiwi e talvez até mais coisas... Foi risada para todos os lados, riram demais dentro do cenário. Olha, contando assim pode não ser tão engraçado, mas o contexto todo foi formidável. Quando tiver o vídeo eu posto! 

Naquele mesmo ano, a chapa do Grêmio de Alunos que eu participava tomou posse. Logo já estaríamos envolvidos na organização dos eventos, entre estes, o Rei & Rainha e Broto & Brotinho. Planejamos, então, uma série de vídeos a serem passados durante os eventos, quebrando a estrutura antiga e dinamizando tudo. Na realidade, também uma desculpinha para fazermos mais produções =D. Pois bem, parte do maravilhoso grupo que faria depois, no mesmo ano, Presente de Inverno, Alexandra, Camila, Elisa e Eu, colocou tudo de si para fazer um evento sensacional. Lembro que, por usar o Movie Maker e estar salvando boa parte das edições aqui em casa, foi bem sinistro. Se você já usou o Movie Maker, bem sabe que ele tem o péssimo costume de travar. Não foi diferente. Olha, o que eu demorei para deixar tudo pronto, foi insano (e passaria mais vezes por situação parecida). Só sei que nem dormi praticamente, tirando cochilos durante a renderização dos videos e acordando para ir para o próximo... Mesmo assim, naquele meu masquismo audiovisual, eu curti passar por isso sabe... Foi como um desafio e um esforço verdadeiro por uma causa e algo que amo fazer. 

Após os eventos do Grêmio, viria a grande oportunidade. O início de algo maior. Uma nova possibilidade. O professor de Literatura e a professora de Português lançaram um evento envolvendo os 2ºs anos e os 1ºs, chamado "Prêmio Santa Paula Frassinetti". Os 1ºs anos fariam rádio-novelas e os 2ºs curtas baseados na obra de Machado de Assis. Seria um concurso. Um concurso que entramos dispostos a fazer o melhor possível, a vencer. O grupo principal: Alexandra, Camila, Elisa, eu, Nykollas e Rodrigo. Adaptamos dois contos, unindo as histórias e criando ainda mais em cima delas, como se fossem um esqueleto para o que se tornaria o grande vencedor dessa primeira edição do prêmio. Começamos com um projeto piloto, apenas para entregar no prazo para o professor, depois, com mais calma, regravamos durante as férias de inverno, este, pensando no concurso. Fomos à serra, gravamos em Bento Gonçalves, Canela, Nova Petrópolis! Também filmamos na estação do Metrô e no Jardim Botânico. O resultado desses inesquecíveis momentos em minha vida: Presente de Inverno 

Trailer:
"Alguma coisa sempre escapa, ao naufrágio das ilusões." - Machado de Assis (usada em Presente de Inverno)





Foi simplesmente inesquecível a gratificação de termos ganho, mesmo em um concurso que é interno da escola, não apenas de Melhor Filme, mas também mais outras categorias! Somando um total de 7 premiações. =D 

Ajudei e atuei em um projeto do Doroteito daquele ano, que viria a ganhar também. E em um outro curta de Literatura dos terceiros anos, "Concerto Campestre" (baseado na obra de mesmo nome), que filmamos em um sítio próximo a Itapuã, às margens do Guaíba, onde podemos fazer a cena final emoldurada por um belo entardecer =).

Presente de Inverno foi o ápice daquele ano! E aquele ano foi o ápice! Naquela altura, ja eram mais de 10 o número de vídeos em que participei de alguma forma. Um ano acabava. O terceiro ano estava cada vez mais próximo. Logo nasceria o capítulo final do Ensino Médio, dos onze anos de escola.

2006/2007 - Engatinhando


Esse post é o primeiro de uma trilogia que vai mostrar uma parte das minhas memórias, também de onde surgiu a minha paixão por cinema e vídeo, o que já realizei e, até por isso, olhe com carinho os vídeos mais antigos =). São memórias de um tempo mais tranquilo e de vídeos talvez não muito bem feitos... Uma boa oportunidade também para acompanhar a evolução técnica.

Parte 1.
2006/2007 - Engatinhando

Há mais ou menos cinco anos começou esse meu interesse todo por cinema e vídeo, com um concurso interno da minha escola chamado "Doroteito". Nesse evento a 8ª série da tarde (que eu participava) tinha que se dividir em grupos para a realização de documentários, enquanto as do turno da manhã vídeos de ficção originais (proposta que eu gostava mais...). Ah, nosso documentário era sobre Skate.

Aconteceu que, empolgado, me preparei todo para o grande dia da filmagem, na época (2006), em uma praça bem ao lado do futuro Jardim Europa (estou ficando velho?). Partimos com uma enorme e divertida câmera VHS da Panasonic. Ao chegarmos, naquele dia de céu parcialmente nublado, conferimos o local, nos preparamos e... não deu. A câmera estava com problemas! Para completar, no dia em que remarcaram, não pude ir. Fiquei com isso mal resolvido, primeiro por não ter ajudado em nada das filmagens, segundo por não poder fazer um vídeo de ficção.

Chegou o primeiro ano do Ensino Médio! 2007... Era a minha grande chance, com um trabalho de Literatura, pude participar de um vídeo de ficção! Tá certo que não tinhamos a liberdade de inventar uma história do nada... Mas, inventei o que pude em cima das histórias; sim, eram baseadas em dois contos de Allan Poe retirados do livro proposto, contendo contos de mistério e morte. Juntamos esses dois contos, se bem me lembro "O Barril de Amontillado" e "O Coração Delator". Naquele fim de ano, o resultado: "Assassino Maldito" Cujo trailer (antes do filme) foi a primeira edição em toda a minha vida!


Para ter só uma noção, até que já tinha alguns recursos avançados gente! Eu não gostei (e ainda não curto muito) dos caracteres padrão do Movie Maker, nem do tempo de fades, então fazia ambas as coisas com imagens. Criava os caracteres no Paint, bem como as imagens simplesmente de fundo preto e... resumindo uma possivel "explicação para outro post", encaixava tudo certinho. =D Ah, e as músicas, as conseguia por meio de trilhas de filmes, pois reparava na trilha dos mesmos e os compositores, como faço até hoje. No caso de Assassino Maldito, peguei instrumentais do Eric Serra de 007 contra Goldeneye (1995)... E o tema, "A View to a Kill", interpretada pelo Duran Duran, retirei de 007 - Na Mira dos Assassinos (1985).

Foi o fim de uma bela jornada. Oito anos já tinham se passado desde que eu tinha entrado no Santa Dorotéia. Lembro que para marcar isso, trouxe de casa, no último dia de aula, um relógio de parede redondo, de metal. Coloquei-o apoiado em um pilar ao lado do quadro negro. Foi engrassado pois, distraída, nossa então professora d História o derrubou, quebrando o vidro que o protegia. De qualquer modo, há quedas, como essa, que não são tragédias, tampouco vistas como um absurdo, apenas enriquecem a graça do momento.


Desde então, me apaixonei por fazer isso, mais do que atuar, estar atrás das câmeras, escrever, filmar, editar... Aliei isso à minha paixão absurda por eletroeletrônicos e computador, buscando usar todo o conhecimento possível para melhorar cada vez mais os vídeos onde pudesse participar de alguma forma.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Lorem Ipsum (teste clássico hehehe)

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipisicing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.